CASO DJAIR -Promotor pode pedir prisão de secretário de Segurança Pública A demora para a realização do exame de DNA que poderá revelar a participação de três pessoas presas acusadas de envolvimento na morte do padre Djair Cavalcante, poderá acarretar no pedido de prisão do secretário de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), Wilson Nascimento. A ameaça partiu do promotor da 3ª Vara do Júri, Humberto Ibiapina que está indignado com a falta de atenção que a SSPDS tem dado ao caso.

O pedido do exame foi feito em dezembro do ano passado pelo juiz da 3ª Vara do Júri, José de Castro Andrade, mas de acordo com o representante do Ministério Público, até ontem, a SSPDS não havia enviado para a secretaria da 3ª Vara do Júri nenhuma explicação sobre demora. ”É um absurdo. Três pessoas estão presas esperando pela realização do exame. Caso a SSPDS não se posicione oficialmente, uma das medidas a ser a adotada será o pedido de prisão do secretário por descumprimento de uma ordem judicial”, afirmou o promotor Humberto Ibiapina.

O Ministério Público pretende ainda adotar outra medida com vista a aceleração do exame. ”Vou pedir do juiz que determine um prazo definitivo para que o secretário possa apresentar o resultado do exame”, explicou ele. Segundo a assessora de imprensa da SSPDS, Angélica Martins, a demora para a realização do exame é por conta do custo – cerca de R$ 8 mil. Como o órgão não dispõe de verba específica, a SSPDS está tentando que o mesmo seja realizado de forma gratuita pelo Instituto Nacional de Criminalística, em Brasília.

Duas pessoas estão presas temporariamente. Um terceiro suspeito está no IPPS aguardando julgamento por tráfico de drogas. O padre Djair Cavalcante morreu no dia 2 de outubro de 2003. O pároco da Igreja Redonda, na Parquelândia, foi encontrado agonizado por funcionários da casa paroquial na manhã daquele dia. Socorrido para o Instituto Doutor José Frota (IJF-Centro), o padre morreu horas depois por traumatismo craniano.