Comando afasta subtenente e soldados O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Deladier Feitosa Mariz, determinou ontem o afastamento do subtenente Manoel Ferreira da Silva e dos soldados Francisco Ronaldo Sales e Francisco das Chagas Silva. Eles são acusados de participação num suposto grupo de extermínio existente na Corporação. Os três, inclusive, deverão se apresentar ao Quartel do Comando Geral na manhã de hoje, onde serão notificados oficialmente de suas funções de rua e passarão a desempenhar burocráticas dentro de uma unidade da Corporação. “Não temos culpa na demora dessa investigação, pois ela vinha sendo realizada em segredo de Justiça e é de um período anterior ao do governador Lúcio Alcântara”, disse.

Ele afirmou também que todas as denúncias que vieram à tona com a reportagem da Jornal Nacional de quarta-feira passada, serão apuradas com muito rigor. “Não temos nada a esconder, por isso já determinamos a abertura de uma sindicância administrativa, sob o comando do coronel Carlos Alberto Oliveira, no sentido de verificarmos quem são os policiais que estariam participando de segurança privada ou qualquer outra atividade ilícita”, salientou.

GRUPO – Os três militares afastados ontem, são acusados de participação no grupo de extermínio que seria liderado pelo major José Ernane de Castro Moura, já afastado, assim como o capitão Cícero Henrique Bezerra Lopes.

Além deles, durante as investigações realizadas pela Polícia Federal (PF), a pedido do Ministério Público Federal (MPF), apontaram os nomes do empresário do ramo de segurança Augusto César Ferreira Matias, e dos funcionários da rede de farmácias Pague Menos, Jucely Alencar Barreto e Rosenilton da Silva.

O promotor José Francisco de Oliveira Filho se reúne hoje pela manhã com a procuradora Geral de Justiça, Iracema do Vale, no sentido de traçar o plano de ação da comissão que foi designada pela titular da PGJ para atuar nesse processo. “Vamos dar prosseguimento às investigações que estavam sendo realizadas.

Inclusive solicitaremos algumas diligências, que serão realizadas pela PF. Isso para garantir total isenção no processo. Todo o caso está atrelado ao Ministério Público Estadual, que dará continuidade ao trabalho que vinha sendo realizado pelo MPF”, destacou.