Valor de venda do BEC é exposto em São Paulo O Banco do Estado do Ceará poderá ser vendido em leilão, previsto para agosto próximo, a um preço entre R$ 550 milhões e R$ 600 milhões. A estimativa foi feita, nesta segunda-feira, pelo procurador-geral do Estado, Wagner Barreira, que se encontra em São Paulo assistindo à primeira exposição técnica sobre o valor de venda do BEC. Na exposição, estão também o secretário da Fazenda, José Maria Mendes, e o consultor contratado pelo governo para tratar dos interesses do Estado no processo, João Batista Santos.

A exposição está sendo feita pela Delloitte e KPM, empresas de consultoria contratadas para fixar o preço de venda do banco. Segundo o secretário José Maria Mendes, apesar dos protestos dos funcionários, a privatização do banco é “irreversível”. Sobre o preço, Mendes disse que o valor ainda será apreciado, em novas reuniões com o governador Lúcio Alcântara. “A gente está se inteirando do estudo feito pelos consultores. Vamos ver se esse estudo atende aos interesses do Estado”, disse.

Pelo acordo de federalização do BEC com o Banco Central, o governo cearense terá direito a abater na dívida do Estado para com a União valores de venda da Instituição. O governo cearense receberá ainda por manter a conta única no BEC pós-privatizado cerca de R$ 66,5 milhões, sendo que já recebeu cerca de R$ 20 milhões relacionados à Carteira Imobiliária do banco. “Nós estimamos receber uns R$ 100 milhões ao final desse processo. Esperamos que o ágio seja também bom. Tudo é para abater a dívida estadual para com a União”, explicou o secretário da Fazenda.

Já o consultor João Batista Santos, ex-presidente do BEC, garante que a venda trará bons resultados para os cofres estaduais. Ele destacou que o governador Lúcio Alcântara vem se empenhando em obter o melhor valor e aproveitou para rechaçar críticas que os funcionários do banco fazem contra o governo. “O processo de venda do BEC está com o Banco Central e só o governo federal é quem pode tratar do assunto. Falam em incorporação do BEC pelo BNB, mas isso tudo é decisão que não passa mais pelo governador”, afirmou.