Comissão visitará o Ceará para apurar denúncias Está chegando a Fortaleza uma comissão do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH) para apurar as denúncias de ameaças a testemunhas e familiares das vítimas do suposto grupo de extermínio. São 13 pessoas entre elas desembargadores, procuradores, representantes da Ordem dos Advogados do Brasil e da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República (SEDH), além da subprocuradora-geral de Justiça, Eva Castillo. A data de chegada está sendo mantida em sigilo visando a proteção das pessoas que estariam recebendo as ameaças.

Membros da secretaria estão colhendo depoimentos de forma sigilosa. Segundo foi apurado por O POVO, um deles revela telefonemas e viaturas da Polícia na porta de casa, numa tentativa de intimidação. Há ainda ameaça a familiares, advertindo para que ninguém chegue perto do Fórum Clóvis Bevilacqua, caso contrário será ”eliminado”. Tudo isso teria começado logo após a soltura de seis pessoas no dia 9 agosto, que estavam detidas desde julho acusadas de envolvimento no caso. O POVO também apurou que enquanto os envolvidos estiveram presos as intimidações teriam cessado.

A comissão que chega a Fortaleza vem com uma grande agenda programada. Haverá reuniões com autoridades do Governo do Estado no sentido de pedir providências com relação as ameaças. Em Fortaleza, a comissão também vai se encontrar com membros da Procuradoria Geral de Justiça (PGJ). O promotor Pedro Olímpio informou que o Ministério Público ainda não tem as ameaças como concretas. ”Caso fique apurado pela Polícia ou pela comissão que são reais vamos chamar todos novamente”, disse o promotor.

Segundo ele, caso haja veracidade nesse fato a PGJ poderá solicitar que os acusados sejam detidos de novo. ”A reunião será para ver a evolução nos trabalhos. Nesse sentido estamos bem evoluídos, o Ministério Público trabalhou muito bem. É com segurança que podemos afirmar que, com base nas provas, podemos levar 90% dos acusados a julgamento”, afirmou Olímpio.