Promotor de Justiça assassinado com um tiro O promotor da 1ª Vara da Comarca de Quixeramobim, a 224 quilômetros de Fortaleza, Fernando Antônio Martins e Silva, 40, foi assassinado na noite de ontem, com um tiro no cruzamento das ruas Gustavo Sampaio com Conselheiro Álvaro de Oliveira, no bairro de São Gerardo. O promotor ainda chegou a ser socorrido para o Instituto Doutor José Frota (IJF-Centro), mas já chegou morto ao hospital. Até o final da noite de ontem, a Polícia não tinha pista dos acusados.

O crime ocorreu por volta das 21 horas. Segundo familiares do promotor Fernando Antônio, ele tinha acabado de chegar de Quixeramobim e havia passado na residência de seus pais no Parque Araxá. Depois de conversar com parentes Fernando Antônio saiu em sua camioneta Hilux de placas CRD-6849, para sua casa que fica localizada no bairro de São Gerardo.

De acordo com testemunhas ouvidas ainda na noite de ontem no local do crime, três homens que vestiam calças jeans e blusas de malha na cor branca são acusados do crime. Todos estavam no meio da rua e um deles teria atirado em direção ao veículo, atingindo o ombro esquerdo do promotor. O projétil, segundo o médico e chefe de equipe do IJF-Centro, Lázaro Jales, perfurou o pulmão do promotor, o que teria provocado sua morte. Os assassinos fugiram a pé e mais adiante entrado num Palio.

O promotor Wilson Gonçalves foi um dos primeiros a chegar no IJF-Centro. ”Nós estávamos conversando sobre um curso que fazíamos juntos. De repente, o Fernando começou a gritar dizendo que havia sido baleado e que estava morrendo. Fiquei desesperado”, relatou Wilson Gonçalves. Minutos depois dezenas de colegas da vítima e até a procuradora-geral Socorro França chegaram ao IJF-Centro. Em desespero, Socorro França teve de ser levada para a sala de estar do médicos do hospital, onde foi sedada.

Vários delegados da Polícia Civil, o coronel Deladier Feitosa do Comando de Policiamento da Capital e o secretário de Segurança Pública e Defesa Social, Wilson Nascimento, estiveram no local do crime. Investigações preliminares dos policiais indicam para três vertentes para a motivação do crime: pistolagem, vingança ou tentativa de assalto.