Promotor diz que bebê foi morto pela madrasta O Ministério Público ofereceu as razões finais para o processo que apura a morte do bebê Iuri Pereira de Souza, de apenas 1 anos e seis meses, morto por espancamento dentro de casa, no bairro Montese. Segundo o promotor de Justiça Wilson Furtado, que responde interinamente pela 4ª Vara do Júri, a criança foi morta pela madrasta Maria Geni Guanabara Ragazzi, que deverá ser julgada por homicídio qualificado. Se condenada, Geni poderá pegar de 12 anos a 30 anos de prisão. Já a empregada doméstica, Renata Maria Barbosa foi indiciada por omissão de socorro e poderá pegar de um ano a seis meses de prisão mais multa.

O visto do promotor vai agora para a defesa tomar conhecimento e em seguida retorna ao promotor, a quem caberá oferecer a denúncia ao juiz da 4ª Vara do Júri, José Barreto de Carvalho Filho. É provável que as duas acusadas ainda possam ir ao júri neste ano. As duas aguardam julgamento em liberdade.

A morte do bebê Iuri Pereira de Souza, ocorreu no dia 27 de novembro de 2002 e teve ampla repercussão na época. A criança era filho do companheiro de Geni Ragazzi, Ivan Alves de Souza. Ivan de Souza estava separado da mãe de Iuri, Keliane Pereira da Silva e havia ganho a guarda do filho. Pai e filho moravam com Geni Guanabara Ragazzi. A criança chegou a ser socorrida no Instituto Doutor José Frota (IJF-Centro), mas uma hora e meia depois morreu. Nos exames preliminares, os médicos começaram a desconfiar de maus-tratos.

No mesmo dia, a Polícia prendeu a doméstica Renata Maria Barbosa como suspeita do crime. Dois dias depois, o Instituto Médico Legal (IML) divulgou o laudo do exame cadavérico e apontou que a causa da morte do pequeno Iuri havia sido traumatismo abdominal com probabilidade para espancamento. Renata Barbosa negou o espancamento e disse em depoimento que a criança era maltratada pela madrasta.

Quatro dias depois, o juiz da 4ª Vara do Júri, José Carvalho Barreto Filho, decretou a prisão temporária (30 dias) de Renata Maria Barbosa. Durante acareação entre Renata Barbosa e Geni Ragazzi, a doméstica confirmou as denúncias de espancamentos praticados pela madrasta. O delegado Sílvio Moreira, que presidiu o inquérito policial, encontra indícios de envolvimento de Geni Ragazzi no crime. Com isso, a madrasta tem a prisão decretada. Alguns dias depois de presas, a 1ª Câmara do Tribunal de Justiça acatou pedido de habeas corpus a favor das duas acusadas.