Os principais responsáveis pelo bem estar da justiça João Rodrigo Gurgel de Araujo Estudante de Direito

São muitos os operadores do direito, dentre eles três possuem maior destaque: o advogado, o magistrado e o promotor. São eles os principais responsáveis pelo bem estar da justiça. O advogado, no seu papel, muitas vezes ingrato, semeia a justiça igualmente com os outros dois supracitados. Muitas vezes mal visto pela sociedade, o advogado é peça fundamental para o exercício de todos os princípios que regem o Direito.

A sociedade espera que o advogado julgue o criminoso, esquece ela que esse não é o seu papel e sim do Magistrado. Na ânsia de condenar o malfeitor ela repudia o defensor como se este fosse cúmplice do crime cometido e esquece que a ampla defesa e o contraditório são direitos constitucionais (art. 5º, LV), sendo o advogado instrumento na defesa da constitucionalidade do julgamento.

Muitas vezes tido como desonesto, insensível às causas da sociedade, nada mais resta para o advogado que seguir com a ciência de sua nobre função, e assim, abrilhantar ainda mais a justiça com suas belas peças peticionais.

Advogado este massacrado pela sociedade brasileira, de maioria cristã, que esquece, ainda, a falta desses dois princípios constitucionais, no julgamento de Jesus Cristo, onde Pilatos na sua covardia e fraqueza atendeu o desejo sanguinário de uma multidão insana e sem virtudes. Com um julgamento ilegítimo à luz das leis da época, Cristo foi condenado, morto e sepultado sem ter tido o direito de ser defendido.

Possivelmente a sociedade da época iria repudiar o defensor de Jesus Cristo, mas este seria adorado, logo depois, como aquele que evitou a condenação do filho de Deus. Para o entendimento da função do advogado é preciso que a sociedade entenda que o criminoso por mais inescrupoloso e viril, é uma pessoa com direitos e deve receber sua pena de acordo com o crime ao qual cometeu. Sendo o advogado responsável por defendê-lo e o promotor por acusá-lo da melhor maneira que puderem. Cabendo exclusivamente ao juiz o difícil papel de decidir, utilizando a balança do direito, determinando sua condenação ou absolvição.

O promotor em seu ilustre papel de representante do Ministério Público é a personificação da sociedade, agindo de forma acusatória, traçando um paralelo junto ao advogado, no interesse de encontrar sempre a verdade, podendo também, caso veja que o réu é inocente, pedir a sua absolvição.

Ao juiz além do difícil papel, já citado, de julgar, cabe também o de ouvir, igualmente, promotor e advogado em suas alegações, sendo imparcial em sua decisão. Estando assim os três na mesma hierarquia, onde nenhum é superior ou inferior ao outro, sendo diferenciados somente pelo seu papel na justiça.

A ausência de um advogado, de um promotor e a triste figura de um juiz covarde e omisso fizeram com que o pior crime já ocorrido na humanidade se realizasse. O judiciário necessita que essas três instituições sejam fortes, em igualdade, para que a balança do direito seja equilibrada e justa.

Importante que a sociedade atente para essa vital importância do advogado como pilar da justiça e como defensor dos princípios constitucionais. Sem essa brilhante profissão a justiça estaria bem mais distante da ideal.