Presidente do TRT nega reter dados de obra RUBENS VALENTE da Folha de S.Paulo

A assessoria da presidência do TRT informou que “jamais sonegou qualquer informação ao Ministério Público” e que pretende continuar colaborando com os procuradores.

“A presidente [Maria Aparecida Pellegrina] estima ter encaminhado 11 mil cópias [de documentos] à Procuradoria da República. Tudo o que o Ministério Público pede, ela encaminha”, informou a assessoria.

Pellegrina estava de férias e, por meio da assessoria, se recusou a falar à Folha. Procurada, a assessoria da OAS informou que qualquer manifestação a respeito da obra do TRT será feita pelo próprio tribunal.

Segundo a assessoria do TRT, os aditivos “são para mais e para menos”, que “qualquer alteração que se faz no contrato depende de aditivo” e que pelo menos um aditivo foi para reduzir cálculos de valores. Mas concordou que, no geral, houve acréscimo no valor da obra.

Segundo a assessoria, Pellegrina preferiu não comentar a acusação sobre irregularidades na compra de móveis –“vai dizer as razões dela no processo”. A respeito do acórdão do TCU que apontou irregularidades na obra, a assessoria informou, em nota, que as quatro determinações feitas pelo TCU ao TRT-SP foram atendidas ou justificadas. Entre elas, cita a nota, a correção do índice de encargos sociais fixado pelo tribunal: 126,78% em vez dos 178,44% usados antes.