Embora impugnados, eles estão disputando Em todas as eleições o Ministério Público Eleitoral do Ceará pede a impugnação de vários candidatos pela prática de atos de improbidade administrativa e de desrespeito à legislação eleitoral. Mas esses mesmos impugnados em todas as eleições figuram nas listas de candidatos.

É o caso, por exemplo, do senhor Bernardo Torquato de Oliveira candidato a vereador de Fortaleza pelo PTN. Em 1994, candidato a deputado estadual pelo PTB, Bernardo se utilizou dos bônus eleitorais (instrumento usado naquela eleição para os candidatos arrecadarem doações entre empresários) para pagar despesas feitas no comércio de Pecém e Taíba. Na época a direção do PTB decidiu expulsá-lo do partido e solicitar ao TRE o cancelamento da inscrição da candidatura dele. Nessa eleição ele recebeu 364 votos.

IMPUGNADO – Na eleição de 1998, Bernardo Torquato, filiado ao PP, foi candidato a deputado estadual. Durante a campanha foi investigado pela Polícia Federal sobre denúncia de estar prometendo casa própria e aposentadoria em troca do voto. Na época a direção regional do PP preferiu aguardar a decisão final de Justiça Eleitoral para convocar a Comissão de Ética do partido. O candidato obteve 1.056 votos.

Em 2000 Bernardo Torquato também foi candidato pelo PP a vereador. O Ministério Público, nessa eleição, pediu a impugnação do registro da candidatura dele. A então juíza da 1ª Zona, Sérgia Miranda, fez o registro. O Ministério Público recorreu, o TRE deu provimento ao recurso e negou o registro. Bernardo Torquato recorreu ao TSE e participou, mesmo sub-júdice, das eleições e obteve 576 votos.

Em 2002 Bernardo Torquato foi candidato a deputado federal pelo PL e obteve 142 votos e também teve complicações com a Justiça Eleitoral. O professor Bernardo também foi candidato em 1986 quando obteve 619 votos. E em 1992, pelo PTB, conseguiu 485 votos para vereador em Fortaleza.

IMPUGNAÇÕES – Este ano a Procuradoria Regional Eleitoral já pediu a impugnação de 12 candidatos a vereador de Fortaleza. Entre eles estão o ex-secretário da Prefeitura, Renato Parente Filho (PMN), por ter tido prestação de contas, da responsabilidade dele, desaprovada pelo Tribunal de Contas dos Municípios – TCM, e o ex-vereador Tadeu Fontes (PV) por duplicidade de filiação.

O Ministério Público pediu ainda a impugnação de Francisco de Assis Rodrigues Maia (desincompatibilização intempestiva) da coligação PCdoB, PCB, PPS e Prona; Francisco Roberto Alves (dupla filiação) do PFL; Rosângela Santiago Silveira (desincompatibilização intempestiva) do PAN/PTC; Anastácio Ribeiro Neto (desincompatibilização intempestiva) do PMN; Francisco José Bonifácio Ferreira (desincompatibilização intempestiva) do PTC/PAN; Raimunda Kira Parente Correia (filiação partidária) do PTC/PAN; Maria Eliane Pereira de Freitas (filiação partidária) do PMN; José Carlos Costa Silva (filiação partidária) do PHS; Carlos Alberto da Silva Cavalcante (duplicidade de filiação) do PV e Antônio Gilvandro Oliveira de Sousa (duplicidade de filiação) do PRP.