Advogado conta piada para ironizar juízes e promotores Uma ilha só de juízes, uma república só de promotores e um foro só de advogados
No bar do foro central de Porto Alegre estavam um advogado, um juiz e um promotor. Falavam do congestionamento de alguns cartórios, da precariedade de funcionamento dos JECs, dos movimentos localizados para que o Ministério Público não possa realizar investigações.
Aborrecido, o promotor chutou algo no chão. O magistrado fez que não viu. O advogado se abaixou e pegou — era uma lâmpada mágica. Esfregou-a e, como de praxe, saiu um gênio.
Este, agradecido por ter sido libertado, disse que realizaria um pedido de cada um deles. Era só pedir!
O juiz impôs que, por ser magistrado, tinha preferência na escolha. Analisou a carreira sofrida dos magistrados, ele que já enfrentara a “estrada do inferno”, de Mostardas (RS): “Eu quero uma ilha paradisíaca, e lá formar uma república só de juízes, sem problemas e sem processos”. O gênio imediatamente realizou o pedido, mandando o juiz para lá.
Depois, o promotor — que gostara da idéia do magistrado — pediu: “Eu também quero um paraíso, para formar uma república só de promotores, mas distante dos juízes e sem advogados”. O gênio, atendendo ao pedido, mandou o promotor para lá.
Virando-se para o advogado, o gênio perguntou: “E o senhor, que ficou por último, o que vai pedir?”. Ao que o advogado respondeu: “Oh, gênio, já me fizeste dois favores tão grandes, me paga um cafezinho e está tudo certo”.
(Da defesa prévia de advogado, na OAB-RS, ante procedimento disciplinar instaurado a partir de representação de iniciativa de juiz e de promotor).
Jurisdição tenística
“O presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco, em exercício, des. Hélio Barros Siqueira Campos, exarou em data de 03.098.2004, o seguinte despacho: Ofício nº 134/04 (028590-2/2) – Dr. Mozart Valadares Pires, ref. dispensa forense de 05 magistrados que participarão do IX Campeonato Nacional de Tênis dos Magistrados, nos dias 08, 09 e 10/09/2004: “Autorizo ´ad referendum´ do Conselho da Magistratura”.
De uma publicação no Diário Oficial de Pernambuco em 6/9/04.
Direito ao sono
“Advogado dorme. Pode parecer mentira, mas advogado precisa dormir, como qualquer outra pessoa. A autora atormentou o contestante com infindáveis ligações telefônicas, à noite, para a residência dele…”
Da réplica do autor, em uma ação de arbitramento de honorários advocatícios, na 7ª Vara Cível de Porto Alegre.
Motociclista devedor & fujão “Respondendo à pergunta da Inspetoria, informo que o sacado ainda não pagou a duplicata, que teve origem na compra da moto, porque o próprio fugiu na mercadoria”.
De um relatório em agência bancária do Banco do Brasil em Brusque (SC).