Denunciados médicos por morte de Cássia O Ministério Público Estadual (MP) do Rio de Janeiro denunciou ontem dois médicos por homicídio culposo pela morte da cantora Cássia Eller. Marcus Vinícius Gondomar de Oliveira e Jorge Francisco Castro y Pérez foram os primeiros a atender Cássia na Casa de Saúde Santa Maria, em Laranjeiras, Zona Sul da cidade do Rio.
A cantora morreu aos 39 anos, de enfarte agudo do miocárdio, em 29 de dezembro de 2001. A pena para o crime de homicídio culposo, onde não há intenção de matar, varia de um ano e quatro meses a quatro anos de prisão. A denúncia foi oferecida pela 1ª Central de Inquéritos do MP e encaminhada à 29ª Vara Criminal do Rio, que decidirá sobre a abertura de uma ação penal.
No documento, o promotor Alexandre Themístocles de Vasconcelos acusa os médicos de adotarem procedimentos equivocados ao tratarem Cássia e diz que a morte dela poderia ter sido evitada.
Vasconcelos observa que Cássia apresentava sintomas compatíveis com uso recente de álcool e cocaína. Mesmo assim, foi medicada com Plasil, que teria acelerado a absorção das substâncias que intoxicavam o organismo de Cássia.
Marcos André Campuzano, advogado que representa Maria Eugênia Vieira Martins, companheira de Cássia por 13 anos, disse que a ”verdade está sendo restabelecida. Cássia não morreu de overdose. Ela era uma pessoa normal, que tinha problemas com drogas” – disse Campuzano.
O advogado Luiz Marcelo Lubanco, que defende a casa de saúde, divulgou nota informando que o laboratório Aventis Pharma foi notificado para prestar ”informações sobre o estudo toxicológico, o estudo de efeito no sistema neurológico e cadiorrespiratório, além de históricos de parada cardiorrespiratória” em pacientes que receberam Plasil injetável. (das agências)