Lula diz em artigo que fez menos do que a sociedade exige Em artigo para a revista do Fórum Econômico Mundial, intitulado “Minha Visão”, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que nos dois primeiros anos de governo fez menos do que a sociedade brasileira exige. Mas garantiu que, nos próximos dois anos, o país vai “colher o que plantou”.
“Tudo que nós temos feito nesse dois anos (…) é muito menos do que a sociedade brasileira exige. Eu não prometi arrumar todas as desigualdades, todas as injustiças. Mas eu me responsabilizei por colocar o país no caminho certo”, diz o presidente no artigo.
Lula destaca a palavra “mudança”, que aparece oito vezes no artigo. “Essa palavra –mudança– esquecida por tantos anos, está hoje e sempre estará no centro das nossas preocupações”, diz o presidente. “Eu iniciei o meu primeiro discurso com essa palavra, quando assumi a presidência da República”.
No texto, Lula afirmou ainda que as medidas adotadas pelo governo já teriam começado a “transformar dramaticamente” o Brasil. Ele citou como políticas sociais, permitir o acesso ao crédito de consumo barato para trabalhadores, idosos e para a população de baixa renda.
Lula defendeu a política econômica de sua gestão e disse que ela é diferente da seguida no governo anterior, sobretudo porque deu ao país “credibilidade dentro e fora de casa”. “Nós não demos continuidade às políticas do governo anterior. Nós temos feito o que ele [o outro governo] não fez”. O presidente disse que o governo está tentando “redefinir o lugar do Brasil no mundo”, ao encorajar o processo de reconstrução do Mercosul e estabelecer relações com países de todas as regiões, como África, países árabes, Índia e China. Ele cita também as conversas sobre a criação da Alca (Área de Livre Comércio das Américas).
Lula termina dizendo que esse é um governo de “homens e mulheres honestos, capazes e dedicados, que acreditam que “a hora do Brasil chegou.” “Essa hora é a hora do desenvolvimento, do crescimento econômico e da integração social.” A revista também traz um artigo do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, que escreve sobre a necessidade de se redesenhar o mapa do comércio mundial.