Entenda as propostas da Chamada Global contra a Pobreza A campanha da Chamada Global de Ação contra a Pobreza, que surgiu da reunião de quase 100 entidades, defende três linhas de atuação para gerar as mudanças necessárias para erradicar a fome e a pobreza e realizar as Metas do Milênio da ONU. As entidades consideram que existe um descompasso entre o volume de recursos destinados para a ajuda humanitária internacional com a quantidade ainda destinada aos subsídios nos países desenvolvidos. Para a rede, é preciso aumentar a ajuda internacional e não somente reduzir as condicionalidades que os países pobres têm para acessar esses recursos.

Um exemplo disso, segundo Adriano Campolina, diretor da Action-Aid e um dos coordenadores da Chamada Global, são as condições econômicas impostas pelo Banco Mundial e pelo Fundo Monetário Internacional para liberalizar as economias em troca da ajuda internacional.

A Chamada Global contra Pobreza considera que se os recursos para o pagamento das dívidas, fossem revertidos para a implementação de políticas públicas, haveria um avanço significativo na erradicação da pobreza. A campanha da sociedade civil propõe o cancelamento total das “dívidas impagáveis” dos países pobres, por um método “justo” e “transparente”.

O mais importante foro internacional para gerar mudanças nas regras do comércio é a Organização Mundial do Comércio (OMC). A Chamada pretende evitar a prática de dumping e dos subsídios e, ao mesmo tempo, promover a adoção de medidas para proteger os serviços públicos da liberalização forçada e da privatização, assegurando o direito à alimentação e acesso aos medicamentos essenciais.