Promotor de Aquiraz determina investigação O promotor de Justiça da Comarca de Aquiraz, Francisco de Assis Oliveira Marinho, baixou uma portaria na manhã de ontem, solicitando uma série de providências visando esclarecer as circunstâncias da operação realizada pela Polícia Militar em uma clínica de tratamento, naquele Município, que resultou em ferimentos a bala no interno Valdeci Tiago dos Santos. Ele determinou que o comandante da PM, coronel Deladier Feitosa Mariz, forneça a relação nominal de todos os policiais que fizeram parte da operação – inclusive posto e graduação -, bem como nominar as armas que os mesmos conduziam, especificando tipo, número, capacidade de tiro, alcance e demais características.
Que indique o nome do oficial responsável pela ação policial; que as armas usadas na invasão ao sítio não sejam utilizadas em outras operações, até serem periciadas pelos técnicos do Instituto de Criminalística (IC), e que seja enviada uma cópia da tele-denúncia que ensejou a suspeita de que naquele local estariam escondidos integrantes de uma quadrilha de bandidos. “Também solicitei que o titular da Delegacia Metropolitana de Aquiraz expeça as guia de exame de corpo de delito (lesão corporal) para as pessoas que, eventualmente, possam ter sido agredidas; a relação nominal de toas as pessoas – internas ou não – com endereços, para fins de notificação e que os peritos do IC realizem uma perícia completa no local”, ressaltou o promotor.
APURAÇÃO – Já o coronel Deladier determinou que seja instaurado um Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar as circunstâncias da operação realizada no Centro de Recuperação Caverna de Adulão, e que as armas utilizadas na ação policial fiquem à disposição da Justiça Militar, a fim de que possam ser periciadas e seja possível identificar de qual delas partiram os tiros que vitimaram Valdeci Tiago, que permanece internado na unidade Central do Instituto José Frota. “O Serviço de Inteligência da SSPDS fez um levantamento da denúncia, de que no local estariam escondidos alguns assaltantes. O coronel Hilton Oliveira nos disse que pediu autorização ao pastor que coordena o Centro para entrar, mas alguns internos começaram a correr e, um deles, teria sacado um revólver e atirado, havendo o revide. Se houve erro, ou precipitação, somente o IPM derá isso. Mas tudo será apurado”, garantiu.