Testemunhas de acusação prestam depoimento hoje Com início previsto para as oito horas, no Fórum de Sobral, o desembargador Ernani Barreira começa a ouvir as testemunhas de acusação contra o juiz Pecy Barbosa
O desembargador Ernani Barreira Porto começa a ouvir na manhã de hoje, as testemunhas de acusação do processo que apura a morte do vigia José Renato Coelho Rodrigues, 32. Ao todo, de quatro a seis testemunhas deverão ser ouvidas a partir das 9 horas, no Fórum José Saboya, em Sobral, a 225 quilômetros de Fortaleza. O juiz de Direito Pedro Pecy Barbosa de Araújo, 57, matou com um tiro na nuca o vigia José Renato, após ser impedido pela vítima de entrar num supermercado. O crime aconteceu na noite do dia 27 de fevereiro passado. Pecy Barbosa se encontra preso preventivamente no quartel do Comando Geral do Corpo de Bombeiros desde o dia primeiro de março.
Essa será a primeira vez que as testemunhas serão ouvidas no processo. No dia oito de março passado, o desembargador Edmilson da Cruz Neves, então relator do inquérito judicial ouviu as mesmas testemunhas que irão ser interrogadas hoje durante a fase de conclusão do inquérito. Foi justamente o depoimento das testemunhas que levou o desembargador Edmilson da Cruz Neves e dar seu parecer favorável ao julgamento de Pecy Barbosa pelo Tribunal de Justiça.
No interrogatório anterior, o Fórum de Sobral recebeu um grande número de curiosos, a maioria para pedir por justiça e para que caso não acabe na impunidade. Diante disso, o comando do 3º BPM (Sobral) está reforçando a segurança nas imediações do fórum e montado um aparato policial com cerca de 30 policiais militares. Só terão acesso ao prédio, o desembargador, juízes, promotores, advogados de defesa e acusação, bem como funcionários do próprio fórum.
Entre as principais testemunhas que irão depor contra o juiz Pecy Barbosa está o médico do hospital regional da Unimed em Sobral, Moisés Muniz, e o comerciante Carlos Iramar Sotero Pessoa. Sotero aparece nas imagens do circuito interno de tv do supermercado pedindo para que o juiz tivesse calma e não executasse o vigia. O comerciante é tido como peça chave da acusação por ser testemunha ocular do crime. Além dos dois, o desembargador Ernani Barreira também deverá ouvir duas funcionárias e o gerente do supermercado, um garçom e um pastor evangélico que também presenciaram a morte de José Renato.