Barbalha: Julgamento adiado novamente Pela segunda vez em menos de uma semana, o julgamento do ex-bancário Sérgio Brasil Rolim, 31, e do comerciante José Moreira Neto, 40, sofre adiamento. Os dois são acusados de integrarem o ”Escritório do Crime” – organização criminosa que agia na Região do Cariri, entre fevereiro de 2001 a dezembro de 2002, estuprando e matando mulheres, assaltando e roubando cargas.

Assim como na última quinta-feira (19), mais uma vez, os advogados de defesa não compareceram ao julgamento que estava programado para ontem. Sem a presença da defesa dos réus, o juiz Raimundo Deusideth Rodrigues Júnior teve de adiar novamente a sessão.

Sobre uma forte escolta policial, Sérgio Rolim e José Moreira Neto chegaram ao fórum de Barbalha por volta das 8h30min de ontem. Os dois foram recebidos pelos manifestantes que entoaram um coro com palavras como: ”violência não, assassinos na prisão”. Na sala do júri, os acusados ficaram aguardando a leitura da pauta do julgamento feita pelo magistrado. O juiz chegou a informar ao público participante que, em função dos advogados dos réus terem impetrado uma petição alegando que não teriam condições de segurança para os seus clientes em Barbalha, o julgamento não poderia ser realizado. ”Mais uma vez vou notificar ao conselho da OAB a ausência dos advogados”, disse.

Como o defensor público Adriano Bezerra, que fora nomeado pelo juiz para defender Sergio Rolim, também protocolou um pedido de desistência, Raimundo Deusideth também irá notificar à Defensoria Pública para que um outro advogado seja responsável pela defesa de Sérgio Rolim.

O promotor Germano Guimarães afirmou que, com a desistência dos advogados, irá analisar sobre duas situações em relação a defesa do acusado Sergio Brasil Rolim. ”Quero externar que me sinto atribulado, indignado, por este fato que aconteceu. Entendo que em Barbalha, se preenchem todas as condições para receber o processo, além de não estar havendo nenhuma movimentação e nem uma mobilização popular ao ponto de oferecer perigo para os réus, advogados”, lamentou o promotor.

A irmã de Edilene Pinto Esteves, Régia Pinto, denunciou que o não julgamento de Sergio Brasil Rolim e José Moreira Neto, foi uma verdadeira imoralidade, falta de respeito com a Justiça. ”Eu espero que agora haja uma punição para eles por que pela segunda vez ocorre um ato desse”(Colaborou Amaury Alencar)