Tumulto em Aquiraz – Vereador e advogado têm versões diferentes O clima de tensão que ronda a Câmara Municipal de Aquiraz desde que foi deflagrado um conflito entre o presidente da Casa, vereador Marcos Callou (PP), e um grupo de seis vereadores que pede o afastamento do parlamentar deve se estender pela terceira semana. As duas últimas sessões plenárias terminaram na delegacia e pelo contraste dos discursos apresentados pelos lados envolvidos, a situação está longe de ser resolvida.

Marcos Callou, procurou o O POVO para afirmar que durante a sessão de anteontem, que terminou numa grande briga entre vereadores, seguranças e assessores, o parlamentar se manteve sentado até que o transtorno se desse por encerrado. Disse também que a culpa de

toda a ”confusão” era do advogado David Wanderley, representante do bloco que se opõe a Callou, que tentou entrar no plenário, contrariando, segundo o vereador, o regimento interno que limita a ocupação do espaço a parlamentares.

Marcos Callou também afirma que a 1ª secretária da mesa diretora, vereadora Neide Queiroz (PTB), redigiu um expediente para as deliberações em plenário que não obedecia à ordem cronológica de ingresso das matérias no protocolo, privilegiando, assim, a votação de requerimentos de interesse do grupo como o que pede o afastamento de Callou da presidência. O vereador disse ainda que pretende pedir reforço policial e a presença de membros do Ministério Público para garantir a integridade e o cumprimento do regimento interno na próxima sessão plenária, agendada para quarta-feira.

O advogado David Wanderley, que representa os vereadores que se opõem a Callou – Cláudio Diógenes (ex-PPS), Ivete Dantas (PTB), Neide Queiroz (PTB), Daniel Markan (PV) e Maria Lúcia (PV) – disse que tentou entrar no plenário da Câmara amparado no estatuto da advocacia que permite à classe ingresso livre em qualquer recinto onde funcione serviço público quando no exercício de sua profissão. Informou também que é competência do 1º secretário de qualquer casa legislativa a redação e organização do expediente do dia. Caso este se ausente, a função é delegada ao 2º secretário, não cabendo ao presidente alterar um ordenamento que não lhe compete. Ainda segundo o advogado, o expediente apresentado pela vereadora Neide Queiroz respeitava a ordem na qual os requerimentos foram protocolados