Nova denúncia atinge chefe de gabinete de Palocci O promotor de justiça da Cidadania e Fundações de Ribeirão Preto (SP), Sebastião Sérgio da Silveira, instaurou inquérito civil para apurar denúncias de que o ex-diretor e ex-superintendente da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Ribeirão Preto (Coderp), Augusto Pereira Filho, teria recebido da Construtora Vale do Paranapanema (CVP) um complemento salarial por um período de nove meses.
Pereira Filho ocupou os cargos na Coderp durante o tempo em que o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, foi prefeito da cidade paulista (2001-2002) e teria admitido, em entrevista gravada em 2004 pelo jornal Folha de S. Paulo, que recebeu R$ 2.250,00 durante nove meses da CVP em complemento ao seu salário, à época de R$ 2.750,00.
A CVP foi contratada durante o período do governo do atual ministro da Fazenda para realizar projetos de revitalização da região central de Ribeirão Preto e da Fábrica de Equipamentos Sociais (Fabes), ambos abandonados depois da saída de Palocci da prefeitura local. A CVP é responsável hoje pelas obras de restauração do antigo Palace Hotel, a ser transformado em um centro cultural na região central de Ribeirão Preto.
Pereira Filho teria declarado ainda que o atual chefe de gabinete do ministro da Fazenda, Juscelino Dourado, do qual foi diretor e sucessor na Coderp, teria negociado o pagamento extra. No inquérito, o promotor Sebastião Sérgio da Silveira pede, entre outras coisas, a cópia das fitas nas quais Pereira Filho teria admitido ter recebido o pagamento da CVP.
Juscelino Dourado foi sócio em uma empresa de informática, até 1998, do ex-secretário de Governo de Palocci na prefeitura de Ribeirão Preto (1993-1996), Rogério Buratti, indiciado pela PF por tráfico de influência e concussão.
Agência Estado