Promotores declaram que delegado agiu dentro da lei Os promotores de Justiça, Nádia Maia e André Karbage contestaram, ontem, a informação de que teriam ficado indignados com o resultado das investigações em torno de supostos crimes praticados pelo delegado de Polícia Civil, Roberto de Castro.
Em nota oficial distribuída à Imprensa, ontem à tarde, Nádia e Karbage foram enfáticos: “Não é verdade que o relatório do inquérito policial tenha causado qualquer revolta nos promotores designados para acompanhar o inquérito.”
ACOMPANHARAM – Nádia Maia e André Karbage, como representantes da Procuradoria Geral da Justiça (PGJ), foram designados como membros do Ministério Público Estadual para acompanhar o inquérito em que o delegado, juntamente com o policial civil Fred Damasceno Maia e o advogado José Monteiro Primo da Paz, são acusados de extorquir dinheiro de comerciantes estabelecidos no Bom Jardim. Na época em que teriam ocorridos os crimes, Roberto de Castro estava no comando do 32º DP (Parque Santa Cecília).
As denúncias dos comerciantes foram levadas ao conhecimento da Corregedoria Geral dos Órgãos da Segurança Pública que, por sua vez, determinou a instauração de inquérito na Polícia Civil. Os três acusados tiveram prisão preventiva decretada a pedido do MP e permanecem recolhidos.
NOTA – O inquérito sobre o caso – com prazo de 10 dias para sua conclusão – foi presidido pelo assessor técnico da Polícia Civil, delegado Evandro Alves de Souza, que concluiu as investigações, indiciando Roberto de Castro por abuso de autoridade e, ainda, segundo ele, apontando no relatório indicativos para que o MP denuncie os acusados por outros crimes, entre eles, extorsão.
Na nota oficial, os promotores dizem ainda: “O inquérito foi conduzido de maneira adequada, sob circunstâncias excepcionais e concluído no prazo legal. Não houve qualquer ilegalidade ou nulidade, tendo sido obedecidas as normas previstas no Código de Processo Penal. Nenhuma atitude corporativista foi verificada pelos promotores designados, que estiveram presentes em todos os depoimentos colhidos”, assinala o documento.