Juiz ouve as oito últimas testemunhas de acusação Com a audição de oito testemunhas arroladas pelo Ministério Público Federal (MPF), o juiz Danilo Fontenelle Sampaio, da 11ª Vara da Justiça Federal concluiu a primeira fase do processo instaurado para apurar o furto milionário praticado contra o Banco Central (BC) sediado em Fortaleza, de onde foram roubados R$ 164,7 milhões. Na ocasião, ele marcou para o próximo dia 6 de março o início da oitiva das testemunhas de defesa dos acusados de participação na maior ação contra bancos já registrada no Brasil, e a segunda maior do mundo.

Na oportunidade, serão ouvidas oito pessoas indicadas pelos advogados dos réus José Charles Machado de Moraes, José Elizomarte e Francisco Dermival Fernandes Vieira (irmãos), Antônio Edimar Bezerra, Marcos de França, Marcos Ribeiro Suppi, Leonel Moreira Martins, Davi Silvano da Silva, Flávio Augusto Mattioli, Deusimar Neves Queiroz, Francisco Álvaro de Carvalho Lima, Pedro José da Cruz e Anselmo Oliveira Magalhães. Também serão ouvidas testemunhas de defesa dos acusados nos dias 7, 8 e 9 de março, também na 11ª Vara.

PRISÕES – Ao contrário do que chegou a ser ventilado nos corredores do prédio da Justiça Federal, nenhum dos acusados presos (apenas os irmãos José Elizomarte e Francisco Dermival conseguiram responder ao processo em liberdade) teve ‘habeas-corpus’ expedido pela Justiça. Eles continuarão recolhidos ao novo Instituto Presídio Professor Olavo Oliveira (IPPOO-II) e à carceragem da Polícia Federal (PF).

Ainda estão sendo procurados Antônio Jussivan Alves dos Santos, o ‘Alemão’; Marcos Rogério Machado de Moraes, o ‘Rogério Bocão’; Antônio Artênio da Cruz, o ‘Bode’; Luiz Fernando Ribeiro, o ‘Fê’, José Marleudo de Almeida e um homem identificado como Paulo Sérgio de Souza, tido como ‘diretor’ da empresa Grama Sintética, aberta na casa da Rua 25 de Março, no Centro de Fortaleza, de onde partiram as escavações do túnel que deu acesso à casa-forte do BC e que foi carinhosamente batizado pela quadrilha de ‘Poço da Felicidade’.

E as equipes da PF continuam realizando uma série de investigações no Ceará e São Paulo, sob o comando do delegado Paulo Sidney Leite de Oliveira.