A Associação Cearense do Ministério Público (ACMP) participa de um ato público contra a Reclamação 2138 (processo que corre no Supremo Tribunal Federal em recurso contra decisão da 14ª Vara da Justiça Federal, que condenou em 1992 o então ministro Ronaldo

A Associação Cearense do Ministério Público (ACMP) participa de um ato público contra a Reclamação 2138 (processo que corre no Supremo Tribunal Federal em recurso contra decisão da 14ª Vara da Justiça Federal, que condenou em 1992 o então ministro Ronaldo Sardenberg à suspensão dos direitos políticos por oito anos). Em breve, o STF deve finalizar o julgamento desta Reclamação, que pode levar ao cancelamento de mais de dez mil ações instauradas por improbidade administrativa contra agentes políticos.

 

Até agora, seis ministros do STF acataram a Reclamação, entendendo que oS agentes políticos não podem ser processados com base na lei de improbidade administrativa. Se os votos dos ministros não forem revertidos e o placar mudar (pois faltam cinco votos), o STF invalidará milhares de processos contra prefeitos, governadores e ministros.

 

Diversas entidades estão engajadas no movimento que luta contra o esvaziamento da lei de improbidade administrativa. A CONAMP está puxando o ato público para mobilizar o STF e a sociedade quanto a este risco já conta com total apoio da Associação  dos Magistrados Brasileiros (AMB), da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), do Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais do Ministério Público dos Estados e da União (CNPG), da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (ANAMATRA), da Associação dos Juízes Federais do Brasil (AJUFE), além do Movimento Transparência Brasil.

 

Segundo o presidente da ACMP, Francisco Gomes Câmara, a idéia é chamar as entidades locais para fazer um ato mostrando o posicionamento da sociedade cearense contra a Reclamação. Um movimento organizado e distribuído pelo Brasil deverá pressionar o STF para garantir a efetividade da lei de improbidade administrativa.