Prefeito contesta denúncias de desvio do Fundef Para esclarecer as denúncias do Sindicato dos Servidores Municipais de que a Prefeitura de Morada Nova desviou recursos, na ordem de R$ 2 milhões do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef), o prefeito Adler Girão se reuniu com alguns parlamentares em uma das salas anexas ao Plenário da Assembléia Legislativa do Ceará.

Segundo ele, as denúncias são evasivas e irreais. Entretanto, ele reconhece que foram desviados do Fundef R$268 mil, e não R$ 2 milhões como foi denunciado pelo Sindicato, para o pagamento de professores licenciados, quando este pagamento deveria ter sido feito pelo Instituto de Previdência do Município (IPM). “O IPM já se comprometeu em devolver o dinheiro do abono dos professores”, disse o prefeito.

Segundo Adler Girão, as denúncias é uma forma desonesta do Sindicato dos Servidores Municipais tentar uma negociação. “Mas só vamos ter acordo quando todos os servidores em greve retornarem ao trabalho. Esta é a nossa posição”, observa o prefeito, ressaltando que o número de servidores em greve é mínimo, ou seja, de um quadro de três mil funcionários, apenas 50 aderiram ao movimento.

Na reunião com os deputados, Adler Girão e o secretário de Educação, Expedito Maurício Pereira Nobre, mostraram que a Prefeitura sempre esteve aberta a negociação. O prefeito disse não entender o porque dos professores deflagrarem greve. “Primeiro a categoria só obteve conquistas, concedemos um aumento de 21% e o salário dos mesmos está entre os cinco melhores salários pagos no Estado”, disse o prefeito, ressaltando que a paralisação foi deflagrada em pleno processo de negociação.

Para Adler Girão, a mobilização é desproposital e tem cunho político. Ele conta que os servidores que aderiram ao movimento invadiram as dependências da Prefeitura, fora do horário de expediente, arrombando portas, o que é um crime contra o patrimônio. “Por conta deste ato, nos recusamos a negociar e só o faremos quando eles retomarem as suas atividades”.

Quanto ao problema do cumprimento da grade curricular, o secretário Maurício Nobre explica que, hoje, haverá uma reunião com os diretores de escola para discutir as medidas para assegurar a continuidade das aulas de forma que não haja prejuízos para os estudantes. Uma das propostas é contratar professores para lecionar nos dias de greve. Maurício Nobre conta, também, que a Prefeitura entrará na Justiça para pedir a ilegalidade do movimento grevista.

MÉDICOS – Além da Educação, os servidores da Saúde de Morada Nova ameaçam entrar em greve. O Hospital Regional de Morada Nova esta operando precariamente. Além da falta de médicos e auxiliares, os salários de alguns servidores da pasta estão atrasados desde 2005. No entanto, o prefeito disse que desconhece estas informações.