Mãe e filha em gabinete de subprocurador No gabinete do subprocurador geral da República Benedito Izidro da Silva, a sua assessora Marister Souza de Lima Araújo Sá, servidora de carreira, tem como secretária a sua própria filha Liliane Souza de Lima Araújo Sá. Sem vínculo com o serviço público, Liliane ocupa o cargo de secretária administrativa.

O Correio tentou ouvir o procurador-geral sobre os cargos comissionados. Mais uma vez, ele não atendeu. Carlos Frederico Santos, mais uma vez, não comentou o assunto. A assessoria de imprensa da PGR informou que não há ilegalidade em candidatos que não passaram no concurso poderem assumir cargos de comissão. E também não vê imoralidade nos atos. Mas a Procuradoria não concluiu se há irregularidades nas nomeações de todos eles.

Quanto às denúncias de nepotismo, a assessoria informou que não há ilegalidade. O Conselho Nacional do Ministério Público entendeu que não configura caso de nepotismo quando um simples servidor trabalha com um parente. Já se ele é subordinado a um detentor de cargo de direção configura nepotismo.
 
O sindicato apresentou também uma relação de 230 pessoas sem vínculo com a administração pública que teriam sido nomeadas de forma irregular para cargos comissionados. O ofício lembra que a Constituição, no seu artigo 37, determina que as funções de confiança (FCs) e os cargos em comissão (CCs) destinam-se “apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento”.

Nos 230 casos citados pelo sindicato, as pessoas foram nomeadas para os cargos de secretário administrativo, secretário de procurador, auxiliar de gabinete, entre outros.