Um levantamento elaborado com base nos dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, divulgado nesta terça-feira, mostra que, entre 1994 e 2004, os homicídios entre a população jovem cresceram de 11,33 mil para 18,59 mil

Polícia

Terça, 27 de fevereiro de 2007, 14h34 Atualizada às 15h26

Um levantamento elaborado com base nos dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, divulgado nesta terça-feira, mostra que, entre 1994 e 2004, os homicídios entre a população jovem cresceram de 11,33 mil para 18,59 mil, o que resulta em um aumento de 64,2%. Segundo o estudo, as vítimas mais comuns dos homicídios são jovens, a maioria negros, e do sexo masculino.

De acordo com o “Mapa da Violência dos Municípios Brasileiros”, publicação da Organização dos Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI), em todas as regiões do País, aumentou também o número de vítimas jovens (entre 15 e 24 anos). Os índices de homicídios juvenis no País são mais de 100 vezes maiores do que em países como Áustria, Japão ou Egito.

Outro tema abordado no livro são mortes por acidentes de trânsito. No período avaliado (1994-2004), constata-se um aumento de 20,8% nos óbitos por esta causa. No entanto, houve queda generalizada nas taxas de mortalidade em todas as faixas etárias, com exceção para a que vai dos 20 aos 30 anos. Assim como nos homicídios, os homens são as principais vítimas dos acidentes de trânsito.

O lançamento do livro “Mapa da Violência dos Municípios Brasileiros” ocorreu nesta terça-feira, durante coletiva de imprensa, no edifício sede do Ministério da Saúde, em Brasília. Participaram do lançamento ministro da Saúde, Agenor Álvares, o secretário de Vigilância em Saúde, Fabiano Pimenta, o diretor da OEI, Daniel Gonzáles, e o autor do estudo, o sociólogo Júlio Jacobo Waiselfisz.