Responsáveis por poluição no Rio Poty são punidos pela Justiça, após manifestação da Promotoria de Crateús

O Juiz de Direito da 1ª Vara da Comarca de Crateús, Lúcio Alves Cavalcante, concedeu liminar no último dia 3, atendendo a uma ação civil pública ajuizada no dia 22 de junho pelo promotor de Justiça José Arteiro Soares Goiano. Com a decisão, ficou suspensa a atividade da empresa Brasil Ecodiesel Indústria e Comércio de Biocombustíveis e Óleos Vegetais S.A.

A empresa realizava prensagem e despejo de “borra” das sementes de mamona e extração do produto de outras oleaginosas no rio Poty, realizada na área atualmente utilizada. A ordem judicial declarou proibida a atividade, assim como ordenou remoção dos resíduos sólidos e líquidos para local adequado, sob pena de multa diária de R$ 5.000,00, em caso de descumprimento.

Empresas acusadas de poluir o rio já haviam sido multadas, anteriormente. A empresa Brasil-Ecodiesel levou multa de R$ 300.000,00, a Cagece foi penalizada em R$ 45.000,00, e outros R$ 5.000,00 de multa foram aplicados ao Posto Beira Rio, pela Semace (Superintendência Estadual do Meio Ambiente).

Com a ação, o Ministério Público Estadual busca interromper definitivamente os danos à saúde pública e ao meio ambiente, verificados na zona urbana do município de Crateús. A população dos conjuntos IPASE e COHAB I são as mais prejudicadas. Desde maio, o leito do rio mostra os efeitos da degradação, com espuma e peixes mortos.

Uma Auditoria Judicial, com ônus para a empresa citada, será realizada. Segundo denúncias de moradores da região, apresentadas ao promotor de Justiça, constatou-se a presença de “borra de mamona prensada” lançada pela Empresa BRASIL ECODIESEL INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE  BIOCOMBUSTÍVEIS E ÓLEOS VEGETAIS S.A.