Ofensiva do Ministério Público e de governos estaduais ameaça a realização de campeonatos e reduz ganhos dos clubes. Ceará está entre os Estados fiscalizados Os deteriorados estádios brasileiros podem colocar em risco os campeonatos estaduais em 2008. Reflexo da tragédia no final do ano passado na baiana Fonte Nova, quando parte da arquibancada caiu e sete pessoas morreram, arenas de tamanhos variados estão sendo total ou parcialmente interditadas, prejudicando a tabela e o faturamento das competições.
A situação mais grave está no Nordeste. Dois Estados estão com suas principais arenas fechadas -Bahia, com a Fonte Nova, e Alagoas, com o Rei Pelé.
A lista deve engrossar nos próximos dias com outros famosos campos nordestinos.
O Ministério Público pernambucano anuncia hoje, depois de receber relatório com as “defesas” dos clubes, o destino dos três estádios mais importantes do Recife -Ilha do Retiro, do Sport, Arruda, do Santa Cruz, e Aflitos, do Náutico.
Segundo Aguinaldo Felenon, promotor estadual da cidadania, uma vistoria feita por órgãos estaduais detectou problemas que provocam perigos que iriam de R1 a R4, o maior deles (risco de morte muito alto).
“O local onde fica a torcida jovem do Sport é R4. A parte social do Náutico foi classificada de R4 também por conta da estrutura metálica que as protege de chuva. Há um risco muito alto de desabar. No Arruda, todo o anel superior é R4. Existe o risco de provável desabamento”, argumenta Felenon.
No Ceará, o fechamento total do Presidente Vargas, o segundo estádio mais importante de Fortaleza, atrás do Castelão, também foi pedido, porém a prefeitura local, proprietária do campo, resolveu fazer uma reforma e diminuir quase pela metade a capacidade da arena.