Em Fortaleza e Iguatu, as candidaturas de postulantes à Prefeitura estão sendo questionadas pelo MP Eleitoral. Saiba mais A promotora Ednéa Teixeira Magalhães, protocolizou, na tarde dessa quinta-feira, novos pedidos de impugnação de registro de candidaturas. Luiz Gastão Bittencourt da Silva (candidato a prefeito) e Sérgio Braga Barbosa (a vice-prefeito) estão entre os candidatos apontados nos pedidos. Até a quinta-feira, foram contabilizados 35 pedidos de impugnação.

Antes, a promotora já havia pedido a impugnação das candidaturas majoritárias de Luizianne Lins e Raimundo Ângelo (ambos do PT) pela coligação “Fortaleza cada vez melhor” e pedido o indeferimento de registro da candidatura de Antenor Naspolini (PSDB), vice de Patrícia Saboya (PDT). No que diz respeito à situação de Luiz Gastão e de Sérgio Braga, Ednéa Magalhães observou que foram analisados os antecedentes desses candidatos.

A reportagem apurou que Gastão foi citado em, pelo menos, um processo junto à Justiça Estadual. No caso de Sérgio Braga, são contas desaprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), relativas à época em que exerceu o cargo de secretário da Ouvidoria-Geral e do Meio Ambiente, durante o Governo de Lúcio Alcântara.

“Ao propor a impugnação, o Ministério Público não tem o interesse de prejudicar ninguém. Apenas cumpre o seu dever funcional”, disse a promotora, ao observar que não há a intenção de macular a imagem de qualquer que seja o candidato, daí sua decisão por não detalhar o processo.

No Interior, são vários os candidatos às Prefeituras que tiveram os pedidos de registro de suas candidaturas impugnados, ou pelo Ministério Público ou por adversários políticos.

O Ministério Público Eleitoral em Iguatu solicitou a impugnação da candidatura do atual prefeito e candidato à reeleição, Agenor Neto (PMDB), alegando que o peemedebista possui vida pregressa “incompatível com a que se espera de um ocupante de cargo público”. Agenor Neto responde a dois processos por improbidade administrativa, sendo acusado, em ambos os casos, de desviar verbas públicas.

Uma da suspeitas é de que o prefeito tenha participado, em 2000, de um esquema de desvio do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). A suspeita é de que empresas de fachada seriam utilizadas para contratar funcionários, possibilitando o acesso ao FAT. Ainda de acordo com o promotor, outro processo corresponde a uma suposta participação de Agenor Neto em irregularidades administrativas no município de Icó.

O pedido de impugnação feito pelo MP foi encaminhado ao juiz da 13ª Zona Eleitoral, Carlos Ademá da Rocha, que deverá decidir, até 16 de agosto, sobre a anulação ou o deferimento da candidatura do prefeito de Iguatu.