Tribunal de Contas nega irregularidade em viagem de governador do CE com sogra

O TCE (Tribunal de Contas do Estado) do Ceará concluiu na terça-feira (4) votação a respeito da denúncia contra o governador Cid Gomes por conta de uma viagem à Europa feita no início do ano. A viagem causou polêmica pelo fato de o governador ter levado junto a mulher, a sogra, além de um secretário e um assessor com as respectivas mulheres.

Na ocasião, Cid –irmão do deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE)– afirmou não ter cometido ilegalidade ou imoralidade ao levar a sogra para a Europa, no período do Carnaval, em um jatinho alugado pelo governo. Mesmo assim, o governador pediu desculpas “ao povo cearense” pelo constrangimento causado pela repercussão negativa da viagem.

No relatório final, o Tribunal de Contas entendeu que “não houve ofensa ao princípio da economicidade e que, quanto à alegação de improbidade administrativa, é competência do Ministério Público Judicial avaliar”.

O auditor Edilberto Pontes Lima, relator do caso, disse ainda que não houve dano ao erário com a presença de pessoas de fora do governo na viagem, não havendo motivo para o ressarcimento sugerido por Cid.

Em sessão anterior sobre o mesmo processo, a Corte de Contas recomendou ao governo do Estado que envie à Assembléia Legislativa projeto de lei regulamentando as viagens de seus membros, incluindo o governador e auxiliares diretos.

A votação do TCE foi apertada: 4 a 3. Coube ao presidente do tribunal, Pedro Timbó, desempatar, decidindo pelo encaminhamento de pedido de informações à Casa Civil e à Secretaria de Turismo.