Entre as possíveis irregularidades a serem apuradas pelo Ministério Público, estaria a compra de votos pelo valor de R$ 30 mil e promessa de cargos públicos em troca de apoio O Ministério Público Estadual (MP) abriu investigação ontem (6) para apurar possíveis irregularidades no processo sucessório da Mesa Diretora da Presidência da Câmara Municipal. O MP baseia a ação em declarações dadas à imprensa pela prefeita Luizianne Lins (PT), pelo vice-prefeito Tin Gomes (PHS) e pelo vereador eleito para comandar a Câmara Municipal pelos próximos dois anos, Salmito Filho (PT). Entre os atos ilícitos que podem comprometer as eleições estariam a compra de votos pela quantia de R$ 30 mil e a promessa de cargos públicos em troca de apoio.
Segundo a assessoria de comunicação do MP, a assessoria jurídica do órgão enviou ofício às Promotorias do Patrimônio Público elencando as notícias sobre o assunto. O MP quer que sejam aplicados todos os procedimentos cabíveis para que o caso possa ser esclarecido. O pedido do órgão toma como base, principalmente, a entrevista da prefeita Luizianne Lins ao O POVO, na edição do último domingo, em que ela declara que um vereador teria afirmado que, para apoiar seu candidato à presidência da Câmara, iria abrir mão da quantia de R$ 30 mil. Em outro trecho, a petista reproduz conversa com Elpídio Nogueira, que relatou diálogo com um vereador que apoiava Salmito. Ele teria dito que só mudaria de lado se a prefeita o indicasse secretário de Saúde. Já Tin Gomes revelou que o governador Cid Gomes teria oferecido secretaria estadual para que Salmito retirasse candidatura.
Antes de o MP confirmar que abriria investigação, o PSDB havia pedido uma apuração ao Órgão. A assessoria da prefeita disse que não se manifestaria sobre o assunto.