Os promotores Evilázio Alexandre (foto) e Ricardo Rocha poderão solicitar a intervenção da Polícia Federal e ainda requisitar à Justiça a expedição de mandados de prisão – temporária e preventiva – e mandados de busca e apreensão nas investigações que apu
   Os promotores de Justiça Evilázio Alexandre e Ricardo Rocha poderão solicitar a intervenção da Polícia Federal e ainda requisitar à Justiça a expedição de mandados de prisão – temporária e preventiva – e mandados de busca e apreensão nas investigações que apuram crimes praticados no âmbito da Câmara Municipal do Eusébio (Região Metropolitana de Fortaleza).

Até agora, segundo os representantes do MP, já foram detectados indícios e provas que apontam para a prática dos crimes de falsificação de documentos, apropriação indébita, peculato e formação de quadrilha. Entre os delitos já comprovados – através de auditoria do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) – está o desvio de verbas públicas para o pagamento de elevadas quantias em diárias de viagem para vereadores, gastos superfaturados em contratos, compras e serviços e a utilização de ´laranjas´ e empresas de ´fachada´.

Ex-presidente

Em entrevista ao Diário do Nordeste, o promotor Evilázio Alexandre, que é o titular do Ministério Público no Eusébio, informou que, no próximo mês, as investigações poderão ser finalizadas. O trabalho está em andamento. Praticamente todos os veradores já foram ouvidos, além de funcionários da Câmara e empregados terceirizados.

O único vereador que ainda não foi ouvido é Fares Filho, ex-presidente da Câmara Municipal daquele Município, que apresentou atestados médicos adiando sua inquirição.

O Ministério Público assegura que vai aprofundar as investigações em torno da contabilidade da Câmara, contratações, compras e pagamentos superfaturados. A contabilidade, embora em nome de terceiros, estaria sob a responsabilidade do ex-vereador de Aquiraz, Tarcício Vieira Mota Filho, que já respondeu processo por improbidade administrativa.

O MP vai investigar o grau de participação de Tarcísio Mota nos negócios da Câmara e na administração municipal. Segundo informações extraoficiais, mesmo sem ´aparecer´, Mota estaria por trás do comando dos contratos, serviços e pagamentos de percentuais na administração.

Um dos principais pontos da investigação, segundo o promotor Evilázio Alexandre, é o pagamento de diárias para vereadores sob a justificativa de viagens que eles teriam feito para participarem de curso, seminários e outros eventos, sendo tais ´viagens´ custeadas pelos cofres públicos.

Os vereadores, porém, não apresentaram provas de participação em tais eventos, o que cacarcteriza uma fraude.