Em dezembro do ano passado, o prefeito de Nova Russas, Marcos Alberto Martins, foi afastado por decisão do juiz Daniel Carvalho.Ele havia voltado ao cargo por uma liminar concedida pelo Tribunal de Justiça.
Pela segunda vez em quatro meses, o prefeito do município de Nova Russas, Marcos Alberto Martins (PSC), é afastado do cargo por improbidade administrativa.
Ontem, decisão do presidente do Tribunal de Justiça do Ceará (TJ-CE), Arísio Lopes, cassou a liminar que o mantinha no executivo municipal. O vice-prefeito, Paulo César Evangelista (DEM), assumiu a Prefeitura.
No dia 13 de dezembro do ano passado, Marcos Alberto foi afastado do cargo por decisão do juiz da 2ª Vara da Comarca de Nova Russas, Daniel Carvalho, que acatou denúncias do Ministério Público Estadual. Um dia depois, o então presidente do TJ-CE, desembargador Ernani Barreir a, concedeu liminar ao prefeito, revogando a decisão do juiz e reintegrando Marcos Alberto ao cargo.
Denúncias
O Ministério Público acusa o prefeito de fraudar licitações e execuções de contratos administrativos para o desvio de dinheiro público no Município. Ele teria agido, juntamente com secretários municipais, em parceria com empresas “laranjas” comandadas pelo empresário Raimundo Morais Filho, conhecido como Moraisinho, preso e acusado de realizar esquemas em licitações de prefeituras no Interior do Ceará.
As investigações realizadas revelaram que a quadrilha desviou mais de R$ 2,6 milhões só em Nova Russas. As empresas de Moraisinho atuavam em conluio nos processos de licitação e fraudaram 15 certames destinadas a obras, serviços de engenharia, locação de veículos e limpeza urbana.
O POVO ligou para o telefone residencial do prefeito Marcos Alberto e foi informado de que ele estava em sua fazenda, localizada na zona rural do Município. Segundo infor mações, trata-se de uma área descoberta pela sua companhia telefônica móvel, e que, por isso, Marcos Alberto estava incomunicável.
ENTENDA A NOTÍCIA
A decisão do Tribunal de Justiça do Ceará (TJ-CE) ainda não é definitiva. O prefeito Marcos Alberto Martins recorreu da decisão ao Supremo Tribunal Federal (STF) e aguarda o resultado.