Terrorista morreu durante operação militar em Abbottabad, no Paquistão.

A emissora de TV norte-americana CNN anunciou na noite desse domingo, 01 de maio, que o terrorista Osama bin Laden está morto. De acordo com informações fornecidas pelo governo norte-americano, o cadáver de bin Laden está em posse dos Estados Unidos. O terrorista teria morrido em uma mansão na cidade paquistanesa de Abbottabad, durante uma operação militar norte-americana.

A notícia da morte de bin Laden surge quase dez anos após os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 no qual aviões foram usados para atingir as torres gêmeas do World Trade Center, em Nova York, e o Pentágono, em Washington. Líder da rede terrorista al-Qaeda, Osama bin Laden era visto como mentor dos ataques.

Nascido na Arábia Saudita, em março de 1957, Osama bin Laden participou, na década de 1980, do esforço jihadista no Afeganistão como voluntário, financiando e organizando grupos de mujahideen e acampamentos de milícias armadas no combate aos invasores soviéticos. Em 1995, após um atentado mal sucedido contra a vida do então presidente do Egito, Hosni Mubarak, o governo do Sudão, sob pressão dos países árabes, expulsou-o do país.

Bin Laden foi então para o Afeganistão, onde passou a dedicar-se integralmente à causa islâmica, unindo forças com outros grupos refugiados no país. Aproximou-se dos Talibãs, grupo ironicamente financiado pelos Estados Unidos da América e Arábia Saudita, e tornou-se amigo e confidente do seu chefe, o Mulá Omar. Do Afeganistão, bin Laden planejou e coordenou ataques de grande repercussão às embaixadas norte-americanas no Quênia e na Tanzânia, em 1998, e ao navio de guerra USS Cole, em 2000, e tornou-se o terrorista mais procurado pelos Estados Unidos.

Entre 2001 e 2008, bin Laden, que estava escondido, apareceu em diversas mensagens de vídeo, quase sempre veiculadas pela rede de TV Al-Jazeera, nas quais convocava muçulmanos a combater os Estados Unidos e Israel, e ameaçava dar continuidade à Jihad por meio de novos atentados.

Antes da meia-noite (horário de Washington) uma multidão já se aglomerava nos portões da Casa Branca, para celebrar a morte do terrorista. O presidente norte-americano, Barack Obama, fez um pronunciamento oficial, relembrando as 3 mil vítimas dos atentados, e destacando o sentimento de união que surgiu nos Estados Unidos após os ataques. O presidente voltou a afirmar que o país não estão em guerra com o islã, e destacou a parceria com o governo paquistanês para combater o terrorismo. “A justiça foi feita”, declarou Obama.