Polêmica
A votação do Código Florestal também repercutiu no Twitter. A ex-senadora Marina Silva (PV-AC) afirmou na rede de microblogs que Rebelo havia modificado o texto da proposta.
O deputado disse que o texto foi corrigido e redigido sob a supervisão de Vaccarezza, que teria conhecimento do seu conteúdo. Ele ainda fez duras acusações contra o marido de Marina.
Após um dia intenso de negociações, a sessão para votar o projeto foi retomada por volta das 22h15min.
O deputado federal Artur Bruno (PT-CE) confirmou ontem que o texto final do projeto não coincidia com o que havia sido acordado, mas declarou, por volta das 23h45 de ontem, que ainda não havia detectado as eventuais mudanças feitas.
Proposta inicial
Pelo acordo anunciado no início da sessão, o Executivo cederia na isenção da reserva legal para propriedades rurais de até quatro módulos fiscais, uma exigência do relator da proposta, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP). Já Rebelo cederia na questão dos usos consolidados nas matas ciliares. Ao contrário do que queriam o relator e parlamentares da bancada ruralista, a lei proibiria de forma geral o plantio em matas ciliares (as chamadas APPs ripárias) em rios largos.
Ruralistas e o governo ontem se contrapuseram por salvaguardas no texto: aqueles exigiam a inclusão de um dispositivo no artigo que isentasse os proprietários de multa.
O líder do PSDB na Câmara, deputado Duarte Nogueira (SP), resumiu o acordo: "A ideia é desagradar a todos, de maneira que todos se sintam igualmente desagradados". Ao final da sessão, ele classificou o episódio como "lamentável".