O membro do Ministério Público baiano, Paulo Gomes Júnior, teve o carro alvejado por quatro tiros, na saída de um shopping de Salvador.

A CONAMP divulgou ontem, 19, nota de repúdio ao atentado sofrido pelo promotor de Justiça na Bahia Paulo Gomes Júnior. No último dia 7, o membro do MP baiano, que atua no Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e de Investigações Criminais (Gaeco), teve o carro alvejado por quatro tiros, na saída de um shopping de Salvador.

 O atentado, divulgado pelo Ministério Público da Bahia somente nesta semana, não deixou vítimas. Os tiros atingiram a lataria e pneus do carro, que não tinha blindagem. O promotor estava acompanhado pela mulher e pelo filho de três anos. A Polícia Civil do estado investiga o caso. Paulo Gomes Júnior trabalhou nas principais operações da promotoria nos últimos anos, como a operação Janus, que em 2008 denunciou oito pessoas por envolvimento em um esquema de vendas de sentenças no Judiciário baiano. O promotor também atuou na operação Gandu/Pojuca, deflagrada em abril deste ano e que investiga uma quadrilha especializada em extorsões e homicídios.
 
Na nota, a CONAMP destaca que o ataque ao promotor "afronta o profissional que exerce o seu múnus buscando a justiça, a sociedade destinatária de seus préstimos e o próprio estado democrático de direito". A entidade reivindica providências urgentes para garantir a segurança dos membros do MP. "A CONAMP espera que o Ministério Público baiano e o aparato de segurança pública do Estado implementem urgentes medidas no sentido de resguardar a integridade física e a vida da vítima e de seus familiares, como dos demais membros expostos a situações de risco em razão do cargo", diz o documento.
 
Confira abaixo a íntegra da nota de repúdio:
 
"A Associação Nacional dos Membros do Ministério Público – CONAMP, por deliberação unânime de seu Conselho Deliberativo, reunido nesta data, repudia o atentado perpetrado contra a vida do promotor de justiça Paulo Gomes Júnior, ocorrido no dia 07 de maio do ano fluente, na cidade de Salvador/BA. Nesse sentido, a agressão praticada contra um membro do Ministério Público, afronta o profissional que exerce o seu múnus buscando a justiça, a sociedade destinatária de seus préstimos e o próprio estado democrático de direito.
 
A CONAMP espera que o Ministério Público baiano e o aparato de segurança pública do Estado implementem urgentes medidas no sentido de resguardar a integridade física e a vida da vítima e de seus familiares, como dos demais membros expostos a situações de risco em razão do cargo.
 
Brasília/DF, 19 de maio de 2011.
 
César Mattar Jr.

Presidente da CONAMP"