Ministério Público cearense denunciou ao TJCE o juiz Carlos Ademá da Rocha pelos crimes de formação de quadrilha, corrupção e conivência na facilitação de fuga de preso.

O Ministério Público Estadual denunciou ao Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) o juiz Carlos Ademá da Rocha pelos crimes de formação de quadrilha, corrupção e conivência na facilitação de fuga de preso. O caso será julgado pelo pleno de desembargadores do Tribunal.

Além do juiz, foram denunciadas outras cinco pessoas que, segundo o Ministério Público, estavam envolvidas num esquema de negociação de alvarás de soltura de dois presos, e facilitação de fuga de um terceiro. Os três são acusados de assaltar agência do Bradesco de Parambu, no Sertão dos Inhamuns, em junho de 2006.

Segundo a denúncia, o esquema envolvia o escritório de advocacia em Brasília que defendia os assaltantes, diversos servidores da Polícia e do Judiciário do Ceará, inclusive o juiz Carlos Ademá, titular da comarca de Parambu. O esquema foi descoberto a partir de escutas telefônicas e extratos bancários.

De acordo com o Ministério Público Estadual, o escritório de advocacia teria repassado R$ 20 mil ao filho do juiz, Fábio Soares Rocha, e R$ 7 mil a José Alceu Cisne Viana, diretor da cadeia pública de Parambu. O valor total da negociação seria de R$ 70 mil.

Coordenador das investigações, o promotor de Justiça Ricardo Rocha explica que, depois de transferidos para Parambu, dois presos tiveram alvará de soltura expedidos pelo juiz Carlos Ademá. “Como havia outro mandado (de prisão) contra o terceiro assaltante, ele não foi solto e teve a fuga facilitada”.

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