Para a promotora de Justiça Antônia Sousa, coordenadora do Centro de Apoio Operacional à Infância e Juventude , o consumo de drogas é apenas um sintoma da violação dos direitos das crianças e do adolescente.

As opiniões são divergentes a respeito da necessidade de internação involuntária de crianças e adolescentes usuários de álcool e outras drogas. A questão foi tema do “Seminário de sensibilização sobre internação compulsória e involuntária de crianças e adolescentes: intervenções possíveis”, promovido pelo Ministério Público Estadual e pela Rede de Atenção Integral à Criança e ao Adolescente Relacionada ao Uso de Álcool e Outras Drogas de Fortaleza.

Para a promotora de Justiça Antônia Sousa, coordenadora do Centro de Apoio Operacional à Infância e Juventude (Caopij), o consumo de drogas é apenas um sintoma da violação dos direitos das crianças e do adolescente. “É necessário fazer com que a sociedade conheça as práticas que existem para o tratamento do problema”.

Atualmente, a Prefeitura conta com uma rede de assistência para usuários de droga, baseadas no trabalho das 14 unidades do Centro de Assistência Psicossocial. Não há, porém, dados oficiais sobre a quantidade de pessoas abaixo dos 18 anos internadas devido ao uso de entorpecentes.

“O fantasma da internação compulsória nos remete a uma época de um fechamento que não resolveu a questão”, afirma Lúcia Maria Bertini, psicóloga do Plano Fortaleza de Prevenção e Atenção Integral aos Usuários de Crack e outras Drogas.

De acordo com Lúcia, a internação deve ser adotada como medida para completar, se necessário, o tratamento contra as drogas. “A internação só é proveitosa se for demandada por um plano terapêutico”.

SERVIÇO

Tratamento
Para tratamento contra drogas, o primeiro passo é buscar atendimento nos Caps das Regionais. O Centro de Apoio Operacional à Infância e Juventude dá orientações: 3452 4538 e 3452 4539.

Fonte: O Povo-CE