Para o procurador de Justiça José Antônio de Melo, a possibilidade de que se abra exceção para a venda e o consumo de bebidas alcoólicas durante os jogos da Copa se dá “por viés de interesses econômicos”.

A proibição à venda e consumo de bebida alcoólica nos estádios de futebol foi discutida, na capital fluminense, por procuradores da Justiça de 15 estados. Eles defendem a manutenção da proibição, pois entendem que ela diminui os índices de violência no interior dos estádios.

Os procuradores também estão preocupados com o consumo de bebida nos estádios durante os jogos da Copa do Mundo, conforme prevê a Lei Geral da Copa. Para o procurador de Justiça José Antônio de Melo, a possibilidade de que se abra exceção para a venda e o consumo de bebidas alcoólicas durante os jogos da Copa se dá “por viés de interesses econômicos”.

Melo alega que a Fifa (Federação Internacional de Futebol) tem posições contraditórias sobre o assunto. Segundo ele, a entidade é pressionada por um patrocinador da Copa do Mundo à liberação de bebidas dentro dos estádios.

”Hoje nós temos uma legislação. A legislação da Copa do Mundo foi feita para vigorar momentaneamente no país. E a liberação [das bebidas alcoólicas] apenas para os jogos da competição deve vir acompanhada de outros subsídios. Inclusive já ouvimos o próprio secretário-geral da Fifa, Jérome Valcke, defender no Congresso Nacional a liberação da bebida alcoólica. E isso nos causa estranheza porque nos termos de segurança da Fifa, até 2009, ela tinha uma posição inflexível no que diz respeito a bebidas alcoólicas”, disse.

Fonte: Última Instância