Contratação de escrivães temporárias é uma das medidas discutidas. Policiais civis estão em greve desde terça-feira (3).

Delegacia Geral e representantes do governo do Ceará estudam a contratação de escrivães temporários para a realização do trabalho burocrático, enquanto o Exército vai fazer a segurança das delegacias e sedes da Polícia Civil, segundo o capitão da 10ª Região Militar, Francisco Antônio Perez. De acordo com ele, essas medidas estão sendo discutidas em uma reunião na Delegacia Geral da Polícia Civil do Ceará nesta quinta-feira (5).

Segundo o capitão, o Exército não tem amparo legal para assumir a função de policial civil, porque é especializado em segurança e não no serviço burocrático  Se adotadas, as medidas devem assegurar a prestação de serviços essenciais à população, como registro de Boletim de Ocorrência e Guias Cadavéricas, mesmo com a greve da Polícia Civil. Entre as possibilidades, também está o empréstimo de pessoal da Polícia Federal.

Delegacias
Na manhã desta quinta-feira (5), o G1 entrou em contato com 35 delegacias distritais de Fortaleza e apenas duas disseram estar funcionando normalmente. Os policiais civis das unidades especializadas também aderiram à paralisação da categoria. As delegacias regionais e municipais funcionam parcialmente.

Os policias civis do Ceará decidiram parar 100% dos serviços na última terça-feira (3). A categoria reivindica a implantação de um plano de cargos e carreiras, além de reajuste salarial. Os policiais civis querem que o salário deles seja o equivalente a 60% do salário de um delegado, que atualmente é de R$ 7.500. Atualmente, o salário representa 30% desse valor.

Segundo a presidente do Sindicato dos Policiais Civis do estado (Sinpoci), Inês Romero, a paralisação vai continuar firme. “Por que os PMs têm a pauta atendida e a gente não? Vamos continuar sim”, disse Inês, informando que não foi informada sobre reunião.

Polícia Militar
Os policiais militares e bombeiros deixaram o prédio da 6ª Companhia do 5º Batalhão na quarta-feira (4) para voltar ao expediente após cinco dias de paralisação. A 6ª Companhia foi o ponto de concentração da categoria na paralisação que começou em 29 de dezembro e terminou nesta quarta com acordo entre governo e PMs. A manifestação só terminou, após o Governo do Estado atender a reivindicação de reajuste salarial. Exército e Força Nacional foram convocados para policiar o Ceará e permanecem no Estado.

Fonte: G1/CE