Segundo a Promotora, depois da repercussão da reportagem, a diretoria da ACMP a procurou para tratar do assunto. Da entidade surgiu a proposta de uma reunião com a Arquidiocese de Fortaleza na tentativa de esclerecer a questão. O padre Marcos Freitas, da paróquia São Sebastião, em Mulungu, protocolou retratação na Procuradoria Geral de Justiça do Ceará (PGJ). O objetivo foi se desculpar por aquilo que o religioso considerou um “grande mal entendido e um grande equívoco de minha parte”.

 

No texto, Freitas pede que a Promotora de Justiça da cidade, Lucy Antoneli, “desconsidere as declarações e documentos por mim expedidos diante da comunidade paroquial de Mulungu e repercutidos em matéria veiculada no jornal O POVO”.

 

No último dia 18 de setembro, O POVO publicou que o padre estava distribuindo um abaixo-assinado na paróquia para retirar Antoneli de seu posto no Município. Na ocasião, ele havia afirmado que a representante do Ministério Público do Estado (MPE) teria intenções de impedir os festejos religiosos locais.

 

Segundo Antoneli, depois da repercussão da reportagem, representantes da Associação Cearense do Ministério Público do Ceará (ACMP) a procuram para tratar do assunto. Deles surgiu a proposta de uma reunião com a Arquidiocese de Fortaleza na tentativa de esclerecer a questão.

 

No final de setembro, o pároco de Baturité, Edmilson Menezes, representando a Arquidiocese, intermediou o encontro entre ACMP, Antoneli e Freitas. “Lá mesmo nessa reunião o padre pediu desculpa e disse que foi levado pelos rumores políticos da época”, disse a Promotora. Ela qualificou o encontro como “amistoso”.

 

A insatisfação começou quando a Justiça acatou pedido da promotora para que não se realizassem comícios ou carreatas nas imediações da rua Santa Inês na cidade. Na época, Antoneli teria se reunido também com gestores do município para que os festejos de Sete de Setembro não fossem utilizados de modo eleitoreiro.

O POVO entrou em contato com o padre Marcos Freitas na tarde de ontem. A ligação, no entanto, caiu. Em seguida, várias tentativas foram feitas, sem sucesso, para o número.

 

Por quê

 

ENTENDA A NOTÍCIA

 

Até o dia 18 de setembro, quando a reportagem do O POVO foi publicada, padre e promotora de Mulungu ainda não haviam conversado sobre desavenças. Ela diz acreditar que a falta de diálogo foi motivo do abaixo-assinado.

 

Fonte: O Povo/CE