A proposta orçamentária do Ministério Público de Alagoas para o ano de 2014, estimada em 124 milhões de reais, sofreu abrupto corte de quase 17 milhões pela Assembleia Legislativa. Apesar do Governador Teotonio Vilela vetar o corte efetuado pela Assembleia, esta derrubou o veto do Governador no último dia 01 de abril, deixando o Ministério Público com apenas 2 milhões para gastos com custeio. A redução do orçamento já implica no corte de uma série de obrigações assumidas pelo Ministério Público, como, impossibilidade de pagar o auxílio alimentação no último mês de março, desligamento de estagiários, e, dentro de poucos meses, incapacidade de honrar até com gastos de energia, telefone e combustível da instituição.
Na última reunião do Conselho deliberativo da CONAMP, o órgão discutiu a difícil situação vivenciada pelo Ministério Público de Alagoas, criando comissão que acompanhará e adotará providências em nome da instituição para buscar soluções para a crise que assola o Ministério Público alagoano.
A comissão foi composta por três integrantes, Nedens Ulisses, ex-Procurador Geral de Justiça de Minas Gerais, vice-presidente da CONAMP e Presidente da Associação Mineira do Ministério Público, Benedito Torres, ex-Procurador Geral de Justiça de Goiás e Presidente da Associação Goiana do Ministério Público e Plácido Rios, presidente da Associação Cearense do Ministério Público.
A comissão deu o primeiro passo e reuniu-se na última segunda-feira (07), em Brasília, com o Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, Na reunião, estiveram presentes a Presidente da CONAMP, Norma Angélica, o Procurador Geral de Justiça de Alagoas, Sérgio Jucá, a Presidente da Associação Alagoana do Ministério Público, Adilza Freitas, o Procurador Geral de Justiça de Santa Catarina, Lio Marcos Marin e o Procurador Geral de Justiça do Amazonas, Francisco Cruz.