O Ministério Público do Estado do Ceará e a Pastoral do Menor realizaram na última quinta-feira (4) uma oficina voltada para profissionais da imprensa. O encontro ocorreu no auditório da Procuradoria Geral de Justiça e teve como objetivo discutir a garantia dos direitos de crianças e adolescentes na produção de conteúdos jornalísticos. A mesa de abertura contou com a presença do procurador-geral de Justiça, Ricardo Machado; da promotora de Justiça Antonia Lima Sousa; da representante da Pastoral, Francerina Araújo; e da coordenadora regional do Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social, Raquel Dantas.

“O tema desta oficina é algo que tem gerado tensões entre veículos de comunicação e entidades que atuam na defesa dos direitos de crianças e adolescentes. (…) Nós do Ministério Público estamos aqui para garantir o cumprimento da Constituição Federal e tentar buscar um equilíbrio nessa relação”, afirmou Ricardo Machado, ressaltando o caráter vigilante do MP. Para Antonia Lima Sousa, que coordena o Centro de Apoio Operacional da Infância e Juventude (Caopij), a oficina é um importante  passo dado pela instituição: “É um canal que estamos estabelecendo com os atores da mídia local e esperamos que esse diálogo seja permanente”, disse.

 A presidente do Sindicato dos Jornalistas do Estado do Ceará (Sindjorce), Samira de Castro, também esteve presente. Na ocasião, foram apresentados diversos dados sobre o sistema socioeducativo no Ceará, com o objetivo de melhor informar os participantes sobre a situação dos adolescentes em conflito com a lei.

“Nós precisamos discutir a invisibilidade de determinados grupos sociais e a forma como eles vêm sendo tratados pelos jornais. É importante lembrar ainda que não só as empresas são responsáveis pela má qualidade do noticiário, mas também os próprios profissionais”, ressaltou Raquel Dantas, lembrando a importância de envolver os jornalistas no debate. Durante o encontro, o coletivo Intervozes distribuiu aos participantes um guia com orientações sobre mídia e direitos humanos.

      Fonte: Ascom PGJ/CE