Oscar Costa Filho: “Polícia produziu contraprova” Ainda neste sábado, o procurador Oscar Costa Filho rebateu a nova versão, classificando-a de “atestado de óbito da Polícia Militar”. Ele afirmou que o depoimento foi forjado com o objetivo de apresentar uma “contraprova” desqualificando o acusador. O procurador afirmou estar surpreso com a velocidade da investigação do Serviço de Inteligência da PM, que em menos de 24 horas apresentou novo depoimento do comerciante.

De posse da nova versão, Costa Filho frisa que o depoimento foi construído pela PM com o intuito de desacreditar suas denúncias. “O depoimento é uma prova eloqüente de que a polícia não saiu para investigar, mas produziu uma contraprova”, diz.

Diante dos rumos do caso, o procurador concluiu que o secretário da Segurança (Wilson Nascimento) está acobertando as irregularidades da PM e por isso não deveria ocupar o cargo.

“O secretário não tem qualificações ética, jurídica, nem política para continuar no cargo”, argumenta.

Segundo Oscar, a promotora da PM que apurou o depoimento não tem autoridade para conduzir as investigações. Ele questiona que as investigações devem ficar a cargo da Procuradoria Geral, já que envolvem um procurador federal.

Ele também ressaltou que a Polícia Militar tem outras irregularidades na Justiça, envolvendo o comando da instituição, como a promoção retroativa por meio de liminar de coronéis que hoje ocupam cargos de chefia, que envolvem também o coronel Deladier Feitosa. A PGR está investigando as promoções desses oficiais e juridicamente, de acordo com o procurador, eles não têm direito de ocupar os cargos.

HISTÓRICO – Na última terça-feira, dia 12 de abril, o procurador da República, Costa Filho, denunciou a existência de “assassinos de aluguel” na Polícia Militar do Ceará, que estariam dispostos a matá-lo e “eliminar” lideranças comunitárias.

O procurador baseou a acusação com gravação de uma conversa com Francisco Carlos Leite, que se apresentou como proprietário de um terreno no Jockey Club, ocupado por 45 famílias desde março do ano passado.