Oscar pede ajuda à Secretaria de Direitos Humanos “De todos os acontecimentos do caso, sem dúvida, esse foi o mais desastrado porque afeta diretamente a alma do Governo”, relata o procurador da República, Oscar Costa Filho, sobre a entrevista coletiva concedida por Wagner Barreira, procurador geral do Estado do Ceará.

Costa Filho rebate as acusações de ter forjado as gravações e induzido Francisco Carlos Pereira Leite a participar da armação, acusando policiais militares de cobrar para assassiná-lo. Ele reafirma todas as acusações anteriormente feitas.

Para resolver a situação, o procurador da República afirmou ter buscado ajuda em Brasília. Ele diz ter contactado a Secretaria de Direitos Humanos para investigar o caso, por acreditar que se trata de uma crise de governabilidade

De acordo com Costa Filho, a atitude de ontem foi o que Wagner Barreira fez de mais grave em nome do Estado. “Essa tomada de posição pela Procuradoria Geral do Estado representa o ponto mais sério do caso porque atribui total valor ao depoimento de Carlos Leite, não comparando as informações cedidas em depoimento à Promotoria de Justiça Militar com as declarações contidas da fita”, justifica.

Além disso, de acordo com o procurador da República, não compete ao Governo do Estado investigar esse caso, mas ao Ministério Público. Para ele, tais defesas ocorrem porque mencionar a expressão “assassinos de aluguel” em relação à Polícia Militar incomoda muito.

“Não entendo porque o grupo de extermínio representa tanto tabu para o Governo do Estado. Deve haver uma parceria entre o Governo do Estado e a banda podre da polícia”, especula Costa Filho.