Deputado faz uma avaliação negativa O deputado Delegado Cavalcante foi um dos mais incisivos em suas indagações ao secretário de Segurança pública, durante a audiência de ontem, na Assembléia Legislativa. Entretanto, fez uma avaliação negativa da sessão. “Lembrei de uma época em que, como delegado da Polícia Civil, investigávamos o crime organizado. Isso porque quem tinha uma condição financeira melhor, acabava nos escapando por entre os dedos”, informou.

Ele destacou, ainda, o fato de Wilson Nascimento ter procurado se esquivar das perguntas dos parlamentares. “O secretário não esclareceu nada. Ele tinha informações sobre a ação desse grupo, mas não tomou nenhuma providência. É preciso uma CPI para apurar tudo isso de modo transparente”, asseverou Cavalcante. O parlamentar disse que sempre procurou fiscalizar o trabalho do Poder Executivo, informando que o secretário poderia ter evitado todo esse desgaste para o governo e a Polícia. Justificou sua opinião, mostrando que em maio do ano passado, durante uma audiência pública na Comissão de Defesa Social – da qual é presidente – esse grupo de extermínio foi denunciado. “A SSPDS tinha mandado um representante para a sessão, portanto o secretário sabia o que estava ocorrendo”. Cavalcante também entrou em discussão com os deputados Osmar Baquit e Adahil Barreto, durante a audiência pública, por discordar das opiniões de seus colegas, mas ao intervir, Marcos Cals serenou os ânimos, fazendo com que a sessão fosse concluída sem maiores problemas. “E a instalação de uma terceira CPI na Casa está fora de cogitação. O regimento interno só permite a realização de duas ao mesmo tempo”.